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Tempo ideal para que o setor do petróleo e do gás de África considere a mudança: Análise sobre Petróleo e Gás da PwC

A descida no preço global do petróleo desencadeou um nível reduzido de atividade no continente africano e afetou os países que tradicionalmente dependem das receitas do petróleo e do gás

Além disso, os intervenientes devem olhar para o atual estado do setor como uma oportunidade para se reinventarem

JOHANNESBURG, África do Sul, 26 de agosto 2016/APO/ --

A descida no preço global do petróleo desencadeou um nível reduzido de atividade no continente africano e afetou os países que tradicionalmente dependem das receitas do petróleo e do gás. Apesar cenário pessimista, o continente africano continua a oferecer oportunidades significativas no setor do petróleo e do gás. "É o momento certo para os governos locais que querem atrair investidores de petróleo e gás reformarem os respetivos sistemas reguladores, fiscais e de licenciamento", afirma Chris Bredenhann, Consultor Principal da PwC para a África em Petróleo e Gás.

Bredenhann afirma que é igualmente importante para o setor olhar para além dos desafios colocados pela descida dos preços e considerar outras forças que estão a moldar o setor. A "Análise sobre Petróleo e Gás em África, 2016" da PwC sugere que com o constante foco na redução de custos no setor, a procura por tecnologia inovadora irá aumentar.

Além disso, este pode ser o momento ideal para o setor avaliar a introdução de programas de formação para aumentar os níveis de competências e os padrões empresariais com vista a dar aos intervenientes locais uma oportunidade de entrar no setor quando a atividade retomar.

A "Análise sobre Petróleo e Gás em África, 2016" da PwC analisa os acontecimentos dos últimos 12 meses no setor do petróleo e do gás nos mercados principais e emergentes de África.

No final de 2015, África tinha uma comprovada base de gás natural de 496,7 biliões de pés cúbicos, uma ligeira descida face a 2014, com 90% da produção de gás natural do continente a partir da Nigéria, Líbia, Argélia e Egito.

Enfrentar a queda

Os principais desafios identificados pelas organizações do setor do petróleo e do gás permaneceram inalterados face aos anos anteriores – incerteza nos quadros reguladores, corrupção/ética, fracas infraestruturas físicas e uma falta de recursos a nível de competências. Este ano verificou-se, também, um significativo aumento no desafio de responder às exigências fiscais, bem como nas relações com os governos. Pelo terceiro ano consecutivo, a incerteza reguladora continuou a ser o principal desafio para os negócios do petróleo e do gás em África, com 70% das organizações a referirem-se a esta como um dos cinco maiores problemas que enfrentam.

Pela primeira vez desde o início das análises anuais da PwC, em 2010, as "relações com o governo" entraram no top 6 dos maiores desafios. Em todo o continente, diversas organizações sentiram dificuldades em obter a aprovação governamental para novos projetos. Isto está a revelar-se extremamente difícil nas novas províncias de hidrocarbonetos, como Moçambique, uma vez que os governos não compreendem totalmente as complexidades e a escala dos projetos de petróleo e gás. Em virtude disto, as organizações começam a aliar-se aos governos de modo a garantir que são um parceiro estratégico e solidário.

As organizações identificaram o preço do petróleo e do gás natural como o fator mais significativo a afetar os seus negócios nos próximos três anos, com os inquiridos a esperarem que o preço atinja os US$52 até ao fim de 2016, US$60 até ao fim de 2017 e US$69 no final de 2018. Com pouco controlo sobre os preços, as empresas focam-se em melhorar a eficiência e em diminuírem os custos.

No segundo lugar, a conformidade com a regulamentação continua a ser um importante desafio para as organizações este ano. A volatilidade das divisas (no terceiro lugar) também é considerada um fator com potencial para afetar os negócios nos próximos três anos. Este ano verificaram-se importantes flutuações nas divisas – com o resultado da votação no Brexit a precipitar algumas das maiores até à data.

A gestão de ativos e a otimização permanecem áreas estratégicas de foco para as empresas. "Felizmente, o setor permanece otimista e diversos intervenientes a montante estão focados na exploração e descoberta de novos recursos durante os próximos três anos, provavelmente antecipando uma reviravolta no preço do petróleo", acrescenta Bredenhann.

Financiamento e investimento

Embora se tenha registado alguma recuperação no ambiente de preços, a confiança dos investidores permanece baixa, uma vez que uma recuperação significativa não parece estar no horizonte e as variáveis fundamentais permanecem baixas no mercado petrolífero. O baixo preço do petróleo levou os operadores a adiarem decisões finais sobre investimento em mais de US$300 mil milhões de projetos. Globalmente, a atividade de fusões e aquisições também caiu e espera-se que esta tendência se mantenha.

Sustentabilidade

No atual clima económico, as empresas de petróleo e gás procuram investir numa série de áreas chave com vista a aumentarem o crescimento nos próximos três a cinco anos. A melhoria das eficiências surge no primeiro lugar, seguida pelo desenvolvimento de conteúdos e competências locais e melhorias nas infraestruturas. "O setor do petróleo e gás enfrenta uma barreira mais forte à entrada, porque a tecnologia e os empregos tendem a ser mais complexos, altamente especializados e dispendiosos", explica Bredenhann.

A sustentabilidade do setor será, igualmente, afetada por uma série de fatores. Estes incluem o preço do petróleo, o impacto das fontes de energia renovável e alternativa, o aparecimento de novos concorrentes, consequências ambientais do setor, quadros legislativos e posições governamentais.

A infraestrutura básica e tecnológica é essencial para que o setor do petróleo e do gás floresçam. Vinte por cento das organizações consideram que a insuficiência de infraestruturas básicas terá um impacto significativo nos seus negócios nos próximos três anos – com 73% a esperarem um pequeno ou nenhum impacto. Do mesmo modo, 20% dos inquiridos antecipam que a tecnologia terá um importante impacto nos respetivos negócios durante os próximos três anos, mas apenas 3,43% classificaram as infraestruturas tecnológicas como uma área estratégica de foco no mesmo período.

É positivo notar que mais de metade dos inquiridos espera que os custos de área e de licença diminuam ou desçam substancialmente. Bredenhann adianta: "É provável que isto se deva à descida dos preços do petróleo, que desvaloriza a área/licenças."

Quadro regulamentar

Um quadro regulamentar incerto é um dos principais problemas que se colocam às organizações no setor do petróleo e gás. Na África do Sul foram assumidos compromissos para responder aos receios desde 2015 e a intenção governamental de separar os regulamentos para o petróleo e para o gás do setor mineiro foi comunicada. Todavia, a Lei relativa ao Desenvolvimento de Recursos Minerais e Petrolíferos (MPRDA) ainda não foi alterada nem aprovada de modo a refletir tais alterações. Na Tanzânia, o ambiente regulamentar permanece incerto, apesar da promulgação da Lei relativa ao Petróleo, em 2015. Além disso, na Nigéria, o governo não conseguiu fazer com que o projeto-lei relativo ao setor do petróleo entrasse em vigor.

O campo petrolífero digital

A revolução digital e os avanços tecnológicos estão a perturbar os negócios. A análise global da Pwc mostra que as empresas de petróleo e gás são mais lentas do que outras indústrias a responder à utilização de novas tecnologias, nomeadamente digitais. Acreditamos que há um conjunto de tendências que irão acabar por transformar o setor do petróleo e gás. Estes compreendem: a Internet das coisas, a construção de alianças, a simplificação e normalização, as compras baseadas nas soluções e a transferência de conhecimentos de empresas petrolíferas internacionais para as empresas de serviços no campo petrolífero.

"As complexidades e desafios que se colocam ao setor do petróleo e gás africano tornaram-se assustadoras. Com a incerteza nos quadros regulamentares, os requisitos fiscais e a corrupção a continuarem a dominar os principais desafios em África, este é também o momento para os governos procederem a alterações significativas."

"Além disso, os intervenientes devem olhar para o atual estado do setor como uma oportunidade para se reinventarem. Face ao estado da indústria, consideramos que as partes interessadas devem ponderar proceder a alterações nos respetivos modelos de negócio. A mudança é a forma de sobreviver no "novo futuro da energia". Temos de ver novos modelos de negócio, novos produtos, novas fontes de energia e novas estratégias para enfrentar a nova realidade", conclui Bredenhann.

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