PricewaterhouseCoopers LLP (PwC)
Fonte: PricewaterhouseCoopers LLP (PwC) |

As empresas petrolíferas nacionais (NOC) africanas precisam de evoluir com o objetivo de enfrentarem um momento difícil e turbulento: análise da PwC

JOHANNESBURG, África do Sul, 5 de outubro 2017/APO/ --

As NOC de todo o continente africano têm uma enorme oportunidade de assegurar um futuro mais sustentável, transformando-se em "empresas nacionais de energia" (NEC), escapando à armadilha económica de um preço mais baixo do petróleo e aproveitando as forças turbulentas libertadas pelas alterações climáticas e por um mundo com baixas emissões de carbono.

Uma nova era de preços do petróleo mais baixos está a desafiar os modelos de negócios que durante muito tempo se basearam na exploração e produção de hidrocarbonetos, em particular do 'ouro negro'. É muito provável que isto impulsione os países africanos, que durante décadas dependeram das suas NOC como fonte-chave de rendimentos, a repensarem o papel desempenhado por essas mesmas NOC enquanto 'construtoras da nação'.

Por outro lado, a sustentabilidade das NOC irá depender da sua capacidade de se transformarem em NEC, respondendo às exigências colocadas pelos consumidores, governos e organizações não-governamentais (ONG) para responderem às alterações climáticas e a um novo futuro energético.

Chris Bredenhann, Líder de Consultoria para Petróleo e Gás em África da PwC (www.PwC.com), afirma: "Globalmente, o setor da energia está a sofrer alterações e perturbações significativas. Seja no petróleo e gás ou nos serviços, estamos a assistir a alterações tectónicas nas estratégias, modelos de negócios e formas de trabalhar. Quer falemos de NOC recentes com recursos limitados de hidrocarbonetos ou de NOC já estabelecidas e com grandes reservas à sua disposição, todas estas empresas irão ter de descobrir a forma de aproveitar as oportunidades que emergem destas perturbações.”

Estes são alguns dos pontos mais destacados de uma análise realizada pela PwC intitulada 'As novas Construtoras de Nações: criar a empresa nacional petrolífera africana (NOC) do futuro' lançada hoje. Neste artigo, analisamos os desafios da perturbação que as NOC africanas enfrentam, o que significam para estas e como se deveriam posicionar na procura de um futuro sustentável.

"Afinal, as NOC africanas não apenas têm de ultrapassar estas perturbações e fazer frente aos desafios provocados pela incerteza, da mesma forma que as empresas petrolíferas internacionais (IOC) parceiras, como, dada a sua importância essencial enquanto construturas de nações, devem também identificar os caminhos do futuro de forma a poderem evoluir", afirmou Bredenhann.

NOC africanas: de construtoras de nações a empresas nacionais de energia

Os países africanos, que durante décadas dependeram da sua empresa nacional petrolífera como fonte-chave de rendimento, irão ter que repensar os modelos e as estratégias de negócio para evitarem ficar reféns de uma única fonte de energia e para lhes permitir reequilibrar os orçamentos.

No entanto, na maior parte dos casos, é provável que a nova realidade de preço baixo do petróleo force muitos governos a considerar qual será o mandato mais apropriado para uma NOC. Alguns projetos podem não ter o desenvolvimento originalmente planeado devido ao momento de baixo preço do petróleo.

Assim, as NOC irão ter que realizar consultorias para descobrir onde residem as suas forças e onde poderão encontrar potenciais fluxos de rendimento. Esta irá tornar-se numa prioridade com a emergência de desafios políticos e sociais no seio de economias regionais em abrandamento.

De acordo com a nossa análise, achamos que ainda é possível cumprir a missão de construção de nações, adaptando os modelos de negócio à conjuntura atual. Existe uma oportunidade de reinventar a NOC, seja já estabelecida ou ainda recente, enquanto empresa nacional de energia e, nesse processo, reinventar o que construtora de nação possa realmente significar para o setor da energia em África.

O relatório identifica três fatores chave que as NOC estabelecidas devem considerar, de modo a diversificarem e crescerem para além da histórica dependência no petróleo: movimentos globais rápidos em direção a uma indústria cada vez menos dependente do carbono, cumprir as crescentes exigências de energia doméstica e necessidade de satisfazer a procura de crude e de produtos refinados através do armazenamento e transporte em países africanos.

Para avançar rumo a este objetivo, é possível que as NOC precisem de adotar modelos de parceria para se transformarem e operarem como NEC com êxito. Num ambiente de constrangimento orçamental com acesso reduzido a recursos e capacidades, estabelecer parcerias com IOC pode ser fundamental para atingir a mudança. As NOC também irão precisar de estabelecer relações de forma mais abrangente com reguladores e governos, de modo a garantir que irão ter um papel ativo na indústria.

1. Baixas emissões de carbono

As NOC podem concentrar-se de forma mais rentável em garantir o fornecimento de energia a partir de múltiplas fontes de baixas emissões de carbono. A passagem para o baixo consumo de carbono já está a ocorrer em vários mercados ocidentais experientes. Da mesma forma, também no médio oriente, a Arábia Saudita implementou uma série de iniciativas para impulsionar os rendimentos nacionais não provenientes do petróleo. Em alguns casos, o gás pode ser uma ponte para uma fonte de energia mais limpa e mais sustentável. Foi descoberto gás em abundância em várias zonas do continente africano, e algumas NOC já o estão a explorar.

2. Necessidades domésticas de energia

Apesar de as economias africanas terem abrandado nos últimos dois anos, as necessidades de geração de energia doméstica a médio e longo prazo são enormes. O relatório recomenda que nos locais em que exista gás enquanto recurso, as NOC deveriam consideram estabelecer parcerias, internas e externas, para garantir a sua extração para a produção nacional de energia. Ocorreram recentemente movimentações significativas no sentido do gás em países como a Nigéria, o Gana e a Costa do Marfim.

3. Armazenamento e transporte

Outro papel potencial para as NOC fora do espaço a montante e a jusante reside no meio termo. As NOC deveriam pensar em investir em instalações de armazenamento ou em pipelines. Devem também considerar o estabelecimento de parcerias de capital em grandes projetos em vez de assumirem todo o risco sozinhas.

Para NOC recentes, os fatores descritos acima tornam ainda mais importante a assessoria cuidadosa por parte dos seus governos relativamente à fundamentação lógica para o estabelecimento e desenvolvimento de empresas de petróleo e gás vencedoras, e no sentido de encontrarem o modelo adequado para esta nova realidade.

O relatório destaca seis NOC em diversas fases de maturidade na Namíbia, no Gana, na Nigéria, na Argélia, em Angola e em Moçambique.

O papel dos conteúdos digitais na reforma dos modelos de negócio

As NOC africanas deverão pensar sobre onde e como melhor investir na digitalização no momento da redefinição dos seus modelos de negócio. Espera-se que os sistemas tecnológicos digitais reduzam de forma substancial o custo por barril em futuras explorações de hidrocarbonetos.

É notável que o setor tenha sido mais lento a adotar soluções digitais do que outras indústrias e que tenha tendido a concentrar-se mais em aumentar a produção, a recuperação e o rendimento durante anos. No entanto, a nova era do petróleo barato está agora a forçar os operadores a alterar o seu foco de crescimento de receitas para o crescimento de base, melhorando assim as estruturas e as margens de custos, de modo a serem competitivos nas condições atuais e a priorizarem os ganhos em eficiência sobre o crescimento da produção.

Os conteúdos digitais também desempenham um papel nas energias renováveis e na passagem para uma indústria de energia de baixas emissões de carbono. "Os conteúdos digitais já não são apenas um facilitador, mas sim um divisor de águas," prosseguiu Bredenhann. "As organizações africanas de petróleo e gás que respondem à necessidade de reformulação dos modelos de negócio construindo capacidades digitais estarão bem posicionadas para triunfar na nova realidade do mercado."

Preparar para o futuro

À medida que as NOC atravessam este grave período de turbulência, irão precisar de avaliar os seus atuais modelos e estratégias de negócio de modo a construírem uma NOC sustentável no futuro. "Além disso, deverão considerar estabelecer parcerias com empresas petrolíferas internacionais para desenvolverem o tipo de capacidades que melhor complementem as suas estratégias", comentou Bredenhann.

Distribuído pelo Grupo APO para PricewaterhouseCoopers LLP (PwC).

Contactos com a comunicação social:
Chris Bredenhann: Líder de Consultoria para Petróleo e Gás em África da PwC
Escritório: + 27 21 529 2005
E-mail: Chris.Bredenhann@PwC.com
OU
Sandy Greaves Campbell: Diretor-Geral de Change the Conversation, África do Sul
Escritório: + 27 11 028 7753/54
E-mail: Sandy@ChangeTC.co.za
OU
Sanchia Temkin: Assessoria de Imprensa da PwC Africa
Escritório: + 27 11 797 4470
E-mail: Sanchia.Temkin@PwC.com

Sobre PwC:
Na PwC (www.PwC.com), o nosso objetivo é criar confiança na sociedade e resolver problemas importantes. Somos uma rede de empresas em 157 países, com mais de 223.000 pessoas empenhadas em proporcionar qualidade nos serviços de seguros, consultoria e fiscais. Descubra mais sobre nós e diga-nos o que é importante para si visitando-nos em www.PwC.com.
A PwC está presente em 34 países africanos com 66 escritórios. Com uma equipa única de liderança em África e mais de 400 parceiros e 9000 profissionais em África, servimos algumas das maiores empresas em todos os setores do continente.
PwC refere-se à rede PwC e/ou a uma ou mais das empresas-membro, em que cada uma é uma entidade jurídica autónoma. Consulte www.PwC.com/structure para obter mais detalhes.
©2016 PwC. Todos os direitos reservados.